Brasil

12/05/2024 08:46 Secom

Maior navio de guerra da América Latina chega ao RS para ajuda humanitária

Chegada do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico da Marinha foi anunciada pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, durante coletiva de balanço de ações

O Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, da Marinha, chegou neste sábado (11/5) ao município de Rio Grande para dar apoio à população atingida pelas chuvas no estado do Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, durante coletiva que atualizou as ações federais no estado.

O maior navio de guerra da América Latina chega ao estado com 1350 militares, 154 toneladas de donativos e 2 estações de tratamento de água, com capacidade de produzir 30 mil litros de água potável por hora. Além disso, o navio vai reforçar a ajuda humanitária levando 38 viaturas, 24 embarcações e 3 helicópteros.

Durante o sábado, o ministro Pimenta, acompanhado do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, visitaram as cidades de Viamão, Gravataí e Cachoeirinha. 


“Há um clima de alerta com relação às novas chuvas. Há uma informação de que (o Rio Guaíba) teria subido alguns centímetros, e temos também essa situação que nós estamos acompanhando do aumento do volume da Lagoa dos Patos, atingindo principalmente as cidades de Rio Grande, Pelotas, São Lourenço, as ilhas da Lagoa dos Patos, especialmente toda essa região da zona sul"

"Tivemos a oportunidade de reunir com as prefeituras, visitar abrigos, conversar com a comunidade, dando sequência desse trabalho de ao mesmo tempo fazer essa agenda forte institucional com o governador, com os prefeitos, mas estar presente nos municípios, especialmente nos locais onde ainda tempos uma população muito atingida nos abrigos e é isso que nós temos procurado fazer”, explicou o ministro Paulo Pimenta


Balanço

Durante a coletiva, os números sobre o desastre no Rio Grande do Sul foram atualizados pela Defesa Civil Nacional. São eles:

Municipios afetados: 444

Pessoas afetadas: 2 milhões

Pessoas em abrigos: 71.398

Desalojados: 339.928

Salvamentos de pessoas: 74.153

Pedidos de resgate atendidos: 4.198

Mortes: 136 pessoas

Feridos: 756

Desaparecidos: 125

Pontos de bloqueio em rodovias: 135

Salvamentos de animais: 10.348

Equipamentos em uso

41 aeronaves

340 embarcações 

4300 viaturas 

Recursos emergenciais aos municípios

O ministro Waldez Góes afirmou que o Governo Federal está trabalhando para liberar recursos o mais rápido possível para auxílio emergencial aos municípios. Para isso, o número de analistas da Defesa Civil Nacional para apoiar e analisar os pedidos de prefeitos e prefeitas dobrou. E as regras foram flexibilizadas. Para municípios que tiveram o estado de calamidade reconhecido pelo Governo Federal, os recursos são liberados sumariamente com o envio de um ofício: R$ 200 mil para cidades de até 50 mil habitantes, R$ 300 mil  para municípios entre 50 e 100 mil habitates e R$ 500 mil para cidades acima de 100 mil habitantes.

Segundo balanço da Defesa Civil Nacional, dos 441 municípios gaúchos em situação de calamidade, apenas 69 solicitaram recursos emergenciais, totalizando R$ 16,1 milhões já liberados. Já 79 prefeituras enviaram planos de emergência de ajuda humanitária, que somam quase R$ 90 milhões liberados por parte do Governo Federal.  


“Chegamos a R$ 110 milhões para esses planos, para água, para combustível, dinheiro diretamente para a conta da prefeitura. Fora toda a ajuda humanitária que tem chegado, aquilo que vem de donativos. São recursos para comprar água para um abrigo, para comprar cestas básicas para cuidar das pessoas que estão no abrigo rapidamente. O dinheiro é público. Todos nós devemos respeito à lei. Mas com esse trabalho, com essa sinergia forte de aproximação do governo do presidente Lula com o governo do estado, com governos municipais, a gente vence mais rapidamente essas adversidades, e os recursos chegam com uma rapidez que é peculiar pela necessidade do povo˜, explicou Góes


De acordo com o ministro, após esta primeira etapa emergencial, as prefeituras devem apresentar planos para limpeza, desobstrução e reconstrução de escolas, postos de saúde, Cras, pontes e estradas.

Plano prevenção de desastres

A ministra Sônia Guajajara informou que 9 mil famílias indígenas foram atingidas, em um total de 30 mil pessoas. Das 214 comunidades indígenas do estado, 110 estão diretamente atingidas. Segundo a ministra, em uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, está garantida a entrega de cestas básicas a cada 15 dias para as famílias atingidas.

A ministra afirmou que vem trabalhando junto ao Ministério do Meio Ambiente para contribuir com a construção do Plano Nacional de Prevenção a Desastres Naturais, e também participando do Plano Nacional sobre Mudança do Clima. “Sabemos que é um momento que é preciso atender todas essas emergências, mas também precisamos estar juntos para discutir esse plano de reconstrução, tanto da cidade como da prevenção de desastres causados pelas mudanças climáticas em decorrência de atividades predatórias, de destruição ambiental, de uso da terra. E nós povos indígenas ja vínhamos alertando há muito tempo sobre esses riscos. É uma situação de dor, trágica, mas que nos faz também trazer forte essa reflexão do que fazer para que a gente possa prevenir que outras situações como essas venham a acontecer”, disse Guajajara

Para semana que vem

Segundo o ministro Paulo Pimenta, para a próxima segunda-feira (13/5) está prevista uma reunião virtual do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a renegociação da divida do estado. E na terça-feira (14/5) está previsto um novo anúncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de medidas do Governo Federal para auxílio à população gaúcha.


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